22/08/2023


Guarapuava Segurança

Julgamentos de Manvailer e Scherner Neto ocorrerão em maio

Defesa de Manvailer, preso na Penitenciária Industrial de Guarapuava, disse que haverá novidade. Já a de Scherner Neto, recolhido no cadeião do município, não se pronunciou

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Rodolpho Scherner Neto está preso no cadeião de Guarapuava. Luis Felipe Manvailer na PIG (Foto: Arquivo/RSN)

Dois casos de grande repercussão estão programados para ter desfecho no mês de maio em Guarapuava. No dia 4 de maio deve ocorrer o júri popular de Luis Felipe Manvailer no Fórum Desembargador Guarita Cartaxo em Guarapuava. Além disso, no dia 18 de maio ocorre, também em Guarapuava, o julgamento de Rodolpho Scherner Neto.

CASO MANVAILER

Após ser cancelado no último dia 10 de fevereiro, em decorrência do abandono do plenário por parte dos advogados do réu preso, a nova data para o júri popular de Luis Felipe Manvailer ficou fixada em 4 maio. Um impasse entre defesa e acusação sobre a exibição de imagens, teria motivado o abandono. Apenas uma testemunha prestou depoimento.

O julgamento de Luis Felipe Manvailer, preso na Penitenciária Industrial de Guarapuava (PIG) desde o dia seguinte da morte da advogada Tatiane Spitzner, chegou a ser considerado um dos maiores da década no Brasil por conta da complexidade. Manvailer é acusado de feminicídio, com qualificação de morte mediante asfixia e meio cruel, além de fraude processual, na madrugada de 22 de julho de 2018.

De acordo com imagens de câmeras de segurança, após a queda do corpo, do quarto andar do prédio onde o casal morava, o réu recolheu o corpo da mulher, limpou marcas de sangue do elevador e fugiu, momento antes da chegada da polícia.

MANOBRAS

A primeira data fixada para o júri de Luis Felipe foi em 4 e 5 de dezembro de 2020. Porém, no dia 2 de dezembro, um dos advogados de defesa do réu testou positivo para a covid-19 e houve adiamento do julgamento. Depois disso, a data sugerida foi 25 de janeiro. Entretanto houve incompatibilidade de disponibilidade entre defesa e acusação e então a nova data definida ficou 10 de fevereiro.

No dia 9 de fevereiro, um dia antes do julgamento, a defesa tentou nova manobra para adiamento. Na ocasião, os advogados afirmaram que o acusado e defesa estavam sendo alvos de discursos de ódio. Eles afirmaram que a comunidade e a imprensa local estavam comovidos. Além disso, destacaram uma fala dos advogados de Tatiane após mulheres se apresentarem em defesa de Manvailer. Por fim, o processo segue em segredo de justiça e a data segue fixada para o dia 4 de maio.

Ao Portal RSN, os advogados de defesa do réu afirmaram haverá novidades.

Rodolpho Scherner Neto recebeu voz de prisão um dia após o atropelamento (Foto: RSN)

CASO SCHERNER NETO

Rodolpho Scherner Neto, acusado de matar e atropelar a idosa Filomena Schepansky de 70 anos, em 12 de janeiro de 2020 teve a data do júri popular divulgada no dia 8 de março. O julgamento será a partir das 9h do dia 18 de maio no Fórum de Guarapuava. Ainda de acordo com o documento, o sorteio dos 21 jurados ocorreu conforme a determinação, no dia 5 de abril às 13h15. Ele está preso no cadeião de Guarapuava.

Em 6 de agosto de 2020, a Justiça determinou que ele iria a júri popular. Conforme as informações do filho de Filomena, Thiago Dias, apesar das evidências que giram em torno de depoimento de testemunhas, imagens das câmeras de segurança e de uma foto que circulou em redes sociais do momento do atropelamento, a defesa de Rodolpho alega que não houve a existência de dolo, ou seja, vontade da prática do ato.

Além disso, a defesa afirma que não há provas materiais de que o acusado estaria sob o efeito de álcool ou de outra substância entorpecente.

O CASO

Assim, Filomena Schepansky de 70 anos e a irmã dela de 79 anos, foram atropeladas no dia 12 de janeiro de 2020 por um carro em alta velocidade quando iam à missa. Filomena morreu após o acidente e conforme informações de testemunhas o motorista fugiu sem prestar socorro.

Rodolpho Scherner Neto, acusado de ser o motorista que atropelou Filomena, se apresentou pouco mais de 35 horas depois. mas no dia em que se apresentou à Polícia Civil, ele não deu nenhuma declaração sobre os fatos. O advogado de defesa dele, Alan Quartiero, falou à imprensa sobre o que considerou, na ocasião, “o que realmente aconteceu”.

NO DIA EM QUE SE APRESENTOU

Em entrevista no dia em que apresentou o réu à justiça, o advogado afirmou que Rodolpho não fugiu no local, prestou atendimento, pois as pessoas que estavam lá viram ele descer do carro e ligar para o 193. “Ele não fugiu do local, tanto que está vindo prestar esclarecimentos à justiça. Ele está muito arrependido, lembra do acidente e estava lúcido. É muita notícia desencontrada”.

Rodolpho já esteve preso, após investigações da operação ‘Bala da Noite’. Essa operação investigou uma rede de tráfico de drogas sintéticas em festas e casas noturnas em Guarapuava e Região.

Por fim, o Portal RSN, procurou a defesa do réu no dia em que a data do júri popular teve definição. Porém, não obteve nenhuma resposta. Desta vez, os advogados foram novamente procurados e continuam em silêncio sobre a expectativa para o julgamento.

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Cristina Esteche

Jornalista

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